No Ato de fundação da Escola Lacan convoca os analistas e não analistas ao trabalho que “por uma crítica assídua, denuncie os desvios e concessões que amortecem o progresso da psicanálise, degradando seu emprego”. Propõe uma formação a ser dispensada neste movimento de reconquista do campo aberto por Freud e esclarece: “Os que vierem para esta Escola se comprometerão a cumprir uma tarefa (…) sendo-lhes assegurado, em troca, que nada será poupado para que tudo o que eles fizerem de válido tenha a repercussão que merecer, e no lugar que convier”.
Coordenação: Idalina Motta e Dayse Perim
De 3 em 3 meses.
Coordenação: Rosânea de Freitas
Segunda quarta-feira do mês.
Coordenação: Maria de Lourdes Andrade
Terceira quarta-feira do mês.
Coordenação: Maria Celeste L. de Barros Faria
Semanal, às segundas-feiras, recesso no mês de julho.
Com alegria e entusiasmo apresentamos ao público o segundo livro de Direito de Família e Psicanálise, juntamente com nosso forte propósito de incluí-lo em uma série que seguirá contribuindo para a prática dos operadores do direito e da psicanálise.
Passados dois anos da publicação do livro “Direito de Família e Psicanálise — Laços, rupturas e judicialização dos conflitos familiares”, nós, coordenadoras do Fórum Clinico da Infância e Adolescência da ELPV, nos reunimos com a desembargadora Dra. Janete Vargas Simões e conversamos sobre os importantes efeitos recolhidos após a publicação do livro, buscando formas de prosseguir com o trabalho, a partir de então. Sementes plantadas nos Congressos, dando corpo ao primeiro livro, germinaram trazendo novas indagações, restos advindos tanto das produções de trabalhos teóricos produzidos, quanto de suas apresentações e, ainda, de novos impasses e conflitos que vinham surgindo (…).
A Revista Traço foi concebida para a publicação de trabalhos elaborados que portem o traço real do sintoma de seu autor.
São produções selecionadas nas apresentações realizados nos eventos organizados pela Escola.
O Traço é a marca real no corpo de um sujeito engendrado pela operação simbólica. Ele cria, portanto, a possibilidade do sujeito ser articulado em significantes. O Traço é ao mesmo tempo resultado e, também agente, na medida em que seja propulsor de Discurso.
O Discurso a que me refiro aqui não é um qualquer, é o Discurso Psicanalítico. Foi precisamente a inscrição do traço real do sintoma de Freud que permitiu a fundação da Psicanálise.
Esse foi, por sua vez, retomado por Lacan, que ao (re)inscrevê-lo, (re)fundou o campo do saber psicanalítico.
Esperamos assim, que outros analistas possam também fazer de sua escrita, letra. Deixando cair como resto, o real de seu sintoma, pois só assim a Psicanálise será reinventada.
Estamos reinaugurando a Revista Traço com o tema “A Dor e A Dor de Existir”. Essa escolha não foi por acaso, pois não é sem Dor que se marca o traço de Existir (…)
Para que serve o dispositivo do passe em uma escola de Psicanálise? Pergunta que comporta um frescor sempre a ser renovado e, nos parece, relaciona-se intrinsecamente às questões: o que é um psicanalista e o que é uma psicanálise.
Em nossa proposição de Escola, insistimos na aposta de Jacques Lacan do dispositivo do passe. Temos o registro desse dispositivo e de sua operacionalização em nosso regimento e temos vivido algumas experiências. Quando estudamos a respeito e, de forma muito vigorosa, quando vivemos essa experiência em torno do dispositivo, os questionamentos a respeito do que é um psicanalista e do que é uma psicanálise revigoram. As experiências causam alvoroço e movimento.
A proposta do Passe de Jacques Lacan, explicitada na “Proposição de 9 de outubro de 1967 sobre o psicanalista da Escola” (LACAN, 2003a), como sabemos, visa a caminhar na contramão de garantias antecipadas e, se assim de fato se faz, não há como uma experiência no dispositivo não provocar reboliços. Talvez seja mesmo esse um sinal quando seguimos na direção contrária a uma ritualização da experiência (…).
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